Olá, saudade.


"Li algumas histórias felizes para você dormir.

 Lavei as roupas que você sujou.
 Limpei toda a bagunça que você fez.
 Lacrimejei assim que eu soube.
 Liguei para amigos procurando consolo.
 Lamentei por você ter ido embora.
 Litros de lágrimas caíram.
 Lágrimas que nada vai fazer voltar.
 Linda demais, eu achava, e era.
 Lá se foi a minha alegria.
 Lia em seu olhar o quanto era feliz,
 Lambia meu rosto toda vez que acordava.
 Ligeira que só ela.
 Ladrava, mas não mordia.
 Lisos os pêlos não eram, de fato.
 Latia por qualquer coisa.
 Ligavam para mim e já vinha você, correndo.
 Lá onde você está, sei que está bem.

Eu não aguentaria te ver partir,
Mas não queria que fosses embora.
Não que tenha sido melhor assim, mas
Eu não suportaria quando chegasse a sua hora.

Não importa onde,
Não importa a família,
Nunca deixe de ser
A minha adorável Lila"

 - Não me sinto tão no direito de falar isso
Nem mesmo de citar nomes, mas queria fazer alguma coisa.
Não necessariamente para te fazer feliz, se fizer, será por sorte.
É que te amo demais, e queria que soubesse que entendo o que você sente,
Talvez entenda até demais. -


Para: Juliana Gomes

Fantasias

Assim, essa é o hora em que eu expresso meu sincero e profundo ódio por MODINHAS!
Alguém pode me dizer qual é a graça disso?

Bom, grande parte das pessoas (que tem idade de 7 a 27 anos) se preocupa demais em estar sempre por dentro das "modinhas". O grande problema é que a maioria não faz isso porque gosta, mas faz porque os outros fazem. O engraçado é que quando as pessoas têm que fazer o que as outras fazem, no caso de adotar uma criança, de não se envolver com drogas e de se preocupar com o mundo, por exemplo, ninguém faz. Isso é o que me revolta. As pessoas estão ficando cada vez mais fúteis, mais idiotas e egoístas. Para essas pessoas não importa a situação do mundo daqui a uns 20 anos, para quê se importar? Se importar com os filhos? Tem gente que faz filho que nem cachorro e, pior, tem gente que até joga criança no lixo. Acha mesmo que elas vão se preocupar com o futuro de alguém? É claro que não. Enfim, voltando às modinhas... Eu não preciso "excrevr erado soh pra mi inturmar". Posso viver muito bem com meu belo português. Não preciso ter um cabelo caro e com quilos de produtos para mantê-lo de lado, em pé ou de outro jeito. Não preciso usar roupas coloridas demais só para ser igual ao cara da novela ou igual ao cara da banda. É possível ficar bem vestido, chamativo e de uma forma simples. E, o pior, tem gente que se fantasia de gay só porque tem amigos que são e acharam legal. Aí você pega uma pessoa dessa e pergunta: O que, de toda essa fantasia, pode falar um pouco sobre a sua personalidade? Ou melhor, existe alguma personalidade por trás de toda essa maquiagem? Raramente existe. E, o pior, quando existe, é uma personalidade forte que foi reprimida pelo simples fato de ter medo da exclusão do grupo de amiguinhos. Sabe, se seus amiguinhos não te aceitam como você é, como você pensa ou como você age é porque eles não são seus amiguinhos e, acredite, é possível achar um grupo onde você se enquadra. Pode até não ser um grupo, pode ser um amigo, um(a) namorado(a) ou até mesmo um parente próximo. Não importa, desde que você esteja sendo sincero consigo mesmo e com o mundo à sua volta.
Não é legal ser odiado pelo mundo. Não é legal viver em carnaval o ano todo. Um dia o mundo vai ter que voltar ao normal e você precisará ter uma vida normal, precisará ser um adulto, no mínimo, maduro. Você terá que fazer entrevistas de emprego, necessitará de um currículo bom e, acima de tudo, de uma aparência de adulto responsável. E, sabe o que é engraçado? Todos os ícones de influência das modinhas são o quê? Artistas. Músicos ou atores, eles são pagos para servirem de palhaços por toda a vida. Eles não precisam ser sérios, eles são pagos para serem chamativos e divulgarem sua imagem. Se você for vender seu corpo, terá que ter algo bem atraente para mostrar, pode até não ser bonito, mas precisa chamar a atenção, de alguma forma. Pode ser pelo exagero de cores ou pelo exagero do ridículo. Então, tente encontrar um pouco do meio-termo dessa situação. Se preparar para ser adulto quando já se tem 20 anos nunca dá certo. O mundo precisa de seres racionais, de irracionais a nossa fauna já está cheia.

Minha pequena gota de felicidade!

Bom, pessoas, vim falar da minha querida e pequenina gota de felicidade. Ela tem um metro e sessenta centímetros de altura, pesa uns 46 quilos e usa óculos (na maioria das vezes usa lente com grau). rs
Comecei a perceber, ao longo das férias, e mais do que qualquer momento anterior, que não há nada nesse mundo que me faça mais feliz. Depois de passar uma semana com ela, com os pais e irmãos dela, até mesmo tios e primos, percebi o quanto já me sinto parte dela, parte da família dela e o quanto uma parte da família já se acostumou com meu jeito e o quanto gostaram de mim. "Logo eu / Que sempre achei legal ser tão errado" (8) [Charlie Brown Jr.] O engraçado é que eu nunca me imaginei tão próximo assim de alguém, a ponto de ser aceito dessa forma, sério.
E, de quantas coisas já abri mão somente para ficar ao lado dessa tão incrível menina? Quantos medos já não enfrentei para tê-la sempre comigo? Quantas vergonhas não tive que deixar de ter somente para me mostrar por inteiro a ela e ganhar sua confiança? Quantas? Nem eu sei. Sei que foram muitas. O melhor é que nenhuma foi desnecessária e todas, TODAS, me fizeram amadurecer. Não que já seja um cara maduro (e estou longe disso), mas já consigo ser sério quando tenho que ser.
Quantos beijos eu já dei nessa moça? Dezenas de milhares? Talvez um pouco mais. Quantos deles foram sem amor? Nenhum. Quantas vezes já brigamos? Algumas. Sérias? Nunca. Algum dia eu já a fiz chorar? Sim, confesso. De dor ou de tristeza? Nenhum deles, foi de felicidade mesmo. Quem mais conseguiu fazer isso com ela? Ninguém. É, acho que definitivamente me tornei mais sensível.
Não sei porque digo tudo isso aqui. Talvez porque eu já diga isso a todo instante para todos aqueles que estão perto de mim e desejo espalhar isso para o mundo inteiro. Talvez. Mas, não é para me gabar do sentimento, ou dos momentos nem das famílias. Queria mesmo era mostrar o quanto é possível crescer junto com alguém que está ao seu lado para todos os momentos. Alguém que pode ser mais que um amigo, mais que um irmão, mais que um pai e até mesmo mais que um deus. Recomendo isso. Mais do que para aqueles que eu conheço. Não tem porque viver sozinho, não tem porque não crescer mentalmente, não tem porque não formar suas próprias opiniões. Mas, sozinho não dá para lutar contra nada disso. Tenha alguém. Escolha alguém. Pode não ser perfeita para o mundo, mas se for perfeita para você já é mais que o suficiente. Escolha, entenda e aceite.

Aprovação, enfim!

É, fiquei sabendo esses dias que a Argentina aprovou o casamento gay! parabéns, hermanos.
Como sempre, Argentina sempre querendo que o Brasil fique atrás, he'.
Mas, agora é sério. A um tempo atrás eu acho até que falei aqui sobre isso (ou foi no outro Blog?). Enfim, vou falar mais uma vez, de qualquer jeito. (link para a postagem aqui)
O que acontece é que a nossa querida Argentina enfim aprovou o casamento gay (matéria sobre o casamento aqui). Mais uma vez lhes pergunto: O que há de errado em uma união homossexual? Nem venha me falar que é porque "Deus" não gosta, porque "Ele" não fez as pessoas para serem assim ou porque é pecado, por favor. Se não fosse permitido por "Deus", por que, então, o mesmo criaria um ser vivo onde o macho engravida? Curioso, não? hum...
Enfim, se um país tão próximo (em todos os aspectos) do Brasil aprovou, por que será que o nosso tão "democrático" país não pode aprovar? Não quero ouvir mais argumentos religiosos, nem morais, por favor. Quero respostas óbvias, lógicas, verídicas. E rápido. Viver em meio à injustiça me dá náuseas.

Cadê o verde?

(Fonte: Discovery Channel)

Bom, para explicar isso não é um quadro ou algo assim, é um gráfico que mostra a população ATUAL. Pois é, não é algo do futuro e tal. Os países atuais estão investindo muito em construção (não que isso seja ruim para mim, rs) e pelo visto já está lançada uma disputa para ver qual país constrói o prédio mais alto, mais bonito, mais ousado, mas avançado tecnologicamente, e por aí vai. O grande problema de tudo isso é que a maioria desses países, e é uma GRANDE parte, não se importa com a preservação das áreas florestais. A lógica é simples: Mais pessoas = mais necessidade de comida = maior exploração dos recursos naturais = escassez futura = destruição total da natureza = morte de todas as formas de vida. Obviamente já sabiam disso, todos sabem, claro. É o que dizem, pelo menos. Mas não, essas pessoas não sabem. Essa mudança não vai afetar a vida delas mesmo. Esses arquitetos malucos já estão velhos e "bichados", vão morrer em menos de 10 anos, talvez nem vejam seus projetos realizados. E achei uma coisa legal junto com essa imagem: "a suposição geral é que mulheres com pouca educação têm mais filhos".
A imagem já basta para explicar o que o mundo precisa para agora.

Letras perdidas.

Não sei exatamente para que servem
Muito menos desde quando existem
Mas sei que algumas delas
Duram no tempo, e não se extinguem.
Parecem meio óbvias
As rimas cruas e claras
E abandoná-las no papel
É o que há de melhor.
E do que é feito o papel?
Quem teve tal brilhante ideia?
Sei que é nele que escrevo e desenho
E é nele que minha vida se guarda.
Não sei o que seria sem letras
Não sei o que seria sem desenhos
Sei o que seria até sem ar
Mas não sei o que restaria de mim
Se eu não conhecesse tal coisa
Onde pudesse escrever: "Amor".

Essa coisa de Mídia.

Às vezes essa coisa de mídia me assusta, e muito.

Esse pessoal da mídia está sempre querendo gerar polêmica. Mas, é claro, é a lógica: Você gera uma polêmica, faz com que dois terços da população (a parte ignorante) fique o dia INTEIRO vendo as mesmas notícias, as mesmas evidências, os mesmos culpados e ganha MUITO dinheiro com isso. Fórmula fácil.
O engraçado é que na maioria das vezes as pessoas (apresentadores) dizem: "Isso é uma barbaridade. Um crime desses não tem que ficar impune". Mas existem TANTOS crimes bárbaros que ficam impunes e não são mostrados na mídia. Por que será? Porque não vende. Se um parente meu morrer de forma brutal e eu levar isso aos jornais e emissoras o que será que eles vão dizer? "Meus pêsames", no máximo. É foda.

E só de pensar que uma parcela ENORME da população fica atenta às notícias da tv... Nossa, embrulha o estômago. Como não perceber que as notícias não são mostradas para você, e sim cuspidas? Eles não querem que você saiba que um cara de cargo alto na rede globo se envolveu com algum crime. Como não tenho paciência de escrever muito, veja isso: (http://diogo-martins.sites.uol.com.br/historiatvglobo.htm)
Depois, nos comments, digam o que acharam.
Parem para pensar um pouco e vejam se realmente vale a pena ficar o dia INTEIRO na frente da tv vendo tanta coisa inútil. Tire você mesmo suas próprias conclusões do mundo e não deixe que as pessoas simplesmente coloquem isso na sua cabeça.
Um beijo.

Liberdade ?

CHEGA !

 Tem horas em que eu realmente tento ser paciente, tem horas em que eu realmente tento compreender e ajudar, tem horas até que eu abaixo a cabeça e aceito de boa vontade tudo aquilo que aqueles a quem eu supostamente devo obedecer. Já vi tudo que eu aceitei, já vi tudo que meus conhecidos aceitaram e, definitivamente, não quero ser assim. Um pouco de liberdade de expressão não mata, exceto reis.
 O que eu ganho se olhar para baixo e só ouvir quando alguém fala comigo? Nada. Não existem pessoas absolutamente corretas. Nem mesmo aqueles que me ensinaram tudo, ou quase tudo, que eu sei hoje podem me dizer exatamente o que fazer sem que eu possa manifestar minha opinião. Eu não vivo numa gaiola, não sou criado em cativeiro nem uso coleiras para esperar a boa vontade de alguém me libertar para o mundo. Mas, tem gente que vai vir e dizer que é coisa de idade, querer liberdade é normal mas os pais sabem que não está na hora e por isso não dão. Não, não está na hora? Talvez. Mas quem disse que são os pais que sabem exatamente o tempo de tudo nessa vida? Não, não foram eles os criadores do mundo. Não, não foram eles os inventores do tempo. Não, não foram eles que me ensinaram tudo que eu sei. Não, não, eles não estão sempre certos. Rebeldia? Não, não. Coragem? Bastante. Certeza? Toda.
 Por que será que tanta gente assim teme os pais? Tem medo de quê? De apanhar? De ser xingado? De ser expulso de casa? DE QUÊ? Ah, de magoar os pais? Ah, ***... Um pouco de inteligência faz falta nessas horas. Magoar os pais é errado? Hum... E eles estão sempre visando o meu bem-estar? Não, eles querem me dar uma vida melhor, não é esse o argumento? Então, não importa se eu estou bem. Por que me importaria o bem-estar deles se é por uma causa justa?
 É, já não sei muito bem o que falar, já devo ter trocado algumas palavras, já devo até ter esquecido nomes. Mas nunca vou esquecer quem sou e o que eu realmente quero para a minha vida. Na verdade, é somente isso o que importa.

Exceto por um momento

Olá mais uma vez.
Sabe, às vezes eu sinto uma vontade imensa de pegar tudo e jogar para o alto, o típico botão do "foda-se" para o mundo. Tenho que fazer tão poucas coisas, mas essas, mesmo sendo poucas, me estressam o suficiente para me tirarem do sério. Todo mundo já passou por isso um dia, eu acho, então devem saber mais ou menos como é querer sumir do mundo por alguns instantes, ou algumas eternidades, enfim, pouco tempo. 
Uma das coisas que mais me atormenta é o tema mais clássico de todos: Pais. É sempre a mesma história: "Ah, eles são um porre!" , "Ah, eles são velhos e chatos!" , "Eles não me entendem!" , "Eles acham que eu ainda sou criança!" , e por aí vai. E o contra-argumento deles é na maioria das vezes o mesmo: "É para te proteger..." , "É porque eu te amo..." , "Me mato de trabalhar para te dar tudo que eu não tive..." , e por aí também vai. Logo, o que acontece é o seguinte: eu me estresso com os meus problemas e meus pais querem usar os deles para impor moral, não conseguem, me estresso com eles e forma uma grande bola de neve. Olhando assim parece tão fácil de evitar. Mas, olhando de fora qualquer labirinto parece um simples caminho. 
Tirando o fato de meus pais me estressarem, ainda tenho problemas externos, tais como colégio, treino, amigos chatos e outras 'responsabilidades'. E isso me estressa tanto quanto qualquer outra coisa pode vir a estressar qualquer um. Não é por serem diferentes que problemas são piores.
Mas, quando acontece de tudo isso resolver dar errado num mesmo espaço curto de tempo, eu sinto vontades sérias de fugir de casa, de ir para a casa de um amigo, de mandar meus pais para qualquer lugar, ou então da mais clássica, o suicídio (que na verdade nunca tenho coragem o suficiente, e não chego nem perto disso).
Só que, quando eu vejo esse mundo de uma maneira geral, e só assim, eu consigo perceber que ficar estressado com os meus problemas não é uma questão de defender o que é meu ou de me preocupar primeiro com meu bem-estar ou meu amor próprio, é uma forma muito escrota do egoísmo. Parece até um pouco óbvio para alguns, mas realmente existem pessoas que não pensam assim.
O que pretendo dizer, então, é que as pessoas deveriam se preocupar um pouco menos com as coisas que as aborrecem todos os dias. Não tem porque perder tanto tempo num assunto que nunca vai se resolver. É mais fácil viver para ser feliz, para ser quem você é e tentar aproveitar cada segundo da sua vida com aqueles que você realmente ama ou simplesmente gosta. E foi pensando mais ou menos nisso que eu decidi o título da postagem. Minha vida pode parecer um lixo, pode parecer uma grande parte de nada, sem interesse, sem cor, enfim, vazia, e às vezes me dá vontade de fazer uma 'loucura'. Penso em várias formas de fazê-la durante grande parte do dia mas, exceto por um momento: aqueles nos quais eu vejo quem são meus verdadeiros amigos e que eu escolhi a pessoa certa para chamar de amor.

O tempo já foi bom

Às vezes olho para trás e sinto um pouco de saudade de todo esse tempo que já passou e do tempo que já existia antes de eu nascer e que era melhor ainda do que aquele em que eu vivi. E, o que me deixa um pouco inconformado é ver o estado em que chegaram as coisas. E as coisas mudaram tanto social quanto culturalmente. Antes era bem mais fácil ver crianças brincando na rua, adolescentes jogando bola na rua até 10 horas da noite, fazendo disputa entre ruas e tal. E hoje, o que eu vejo por aqui ? Crianças trancadas em casa com seus bonecos que falam sozinhos, com seus videogames superinterativos, com seus computadores com banda larga e entupidos de jogos, com a perna sem nenhum machucado senão aquele que a mãe fez de tanto bater, entre outras coisas. Mas tem um lado para o qual eu olho e fico mais triste ainda é saber que há crianças por aí que andam cantando músicas com apologia às drogas e ao crime, algumas já xingando, algumas fora da escola e, o pior, algumas já com armas e drogas na mão. A realidade atual é violenta, concordo. Mas será mesmo que isso é motivo para tantas mães largarem seus filhos assim, ou então, prendê-los tanto assim ? Sei não. O grande problema, talvez, é que a última geração aproveitou muito a infância e não quer largá-la até hoje. A única explicação que me vem à cabeça agora é essa, e talvez seja a mais provável.
Tem gente que diz que Deus ama as criancinhas e tem gente que diz que e as crianças são o futuro da humanidade (e são, de acordo com o tempo). O grande problema é que nenhum desses dois tipos de pessoas toma uma posição para defender essas crianças. Todo mundo fala, fala, fala e não faz absolutamente nada. Já vi mães reclamando que o Governo não dá condições decentes de educação e então por isso elas não se esforçavam para manter seus filhos na escola.
A umas duas gerações atrás, ou três, as pessoas já foram mais inteligentes. Grande parte dessa geração quase não frequentou a escola, isso quando frequentou. Mas, por isso eles fizeram seus filhos abandonarem a escola ? Bom, pelo menos comigo o que aconteceu foi exatamente o contrário. E não me arrependo disso nunca nessa vida. E não podemos mudar a geração atual de pais, eles já têm a 'cabeça feita'. Então, oras, o que fazer ? Esperar o tempo passar e torcer para que seus filhos nasçam mais inteligentes do seus pais e por si só lutem por uma nova revolução. A juventude atual deve protestar ? A juventude atual deve se manifestar ? Talvez. Se vai adiantar ? Duvido um pouco. Devemos, sim, formular nossos conceitos e passá-los adiante, principalmente aos nossos filhos, e fazer com que eles peguem nossos conceitos já prontos e formulem os seus próprios conceitos para que então haja uma manifestação decente e com uma base lógica.
Temos que mudar, sim. O mais rápido possível. Mas por isso faremos isso de qualquer jeito só para espalharmos por aí que conseguimos nossas próprias revoluções enquanto jovens ?

Moldes

Às vezes tenho medo de falar algo que possa parecer muito pessoal pelo simples fato de todos sermos diferentes e possuirmos gostos diferentes. Já me preocupei muito mais em agradar a todos e esquecer um pouco daquilo que eu realmente sou. Contudo, eu passei a me perguntar: "Por que será que eu faço isso ? É tão importante assim para mim parecer legal, divertido, inteligente, bonito e simpático ?" Cheguei à óbvia conclusão de que isso não me serviria para nada, a não ser para servir de brinquedo para aqueles que não sabem com o que estão brincando e nem tem interesse de descobrir. Tudo que é feito, porém, tem uma finalidade. Se não a entendemos nem descobrimos, tiramos a utilidade de tal coisa. Aí é que vem a parte legal, a parte em que eu encontrei a mim mesmo dentro de todos os outros.
Eu já não posso mais me fazer como os outros querem que eu seja. Eu já não posso mais me moldar de acordo com as mãos de quem me toca. Eu já não posso me pintar para agradar os olhos de quem vê. Não posso dar meu lugar àquele que me ordena a sair. Foi em um dia desses tentando me entender que eu descobri o que eu era e como me projetar para a vida como um todo. Dentro de cada indivíduo há aquelas coisas que o agradam. Mas, dentro desses mesmos indivíduos, temos espelhos que nos mostram nossas verdadeiras faces, mas só veremos se tirarmos nossas antigas máscaras de carnaval e prestarmos bastante atenção naquilo que é o real. Tirar as fantasias, queimar as máscaras, estourar os balões de festa, desligar os rádios, explodir as TV's, rasgar os jornais e as revistas e ver que somente sem a presença de tudo isso é que vemos como a cidade é e como é cada indivíduo que vive conosco. Cansei de viver em uma piscina de bolinhas onde só sabemos quem está na nossa frente quando já está tarde demais. Quero viver de verdade, quero vivenciar a verdade e tornar verdadeiro o que tem vida.