BBB

Tá, talvez seja um pouco de implicância minha com o programa.
Porém, eu percebi com um tempo (tive que esperar até a 11ª edição para dizer isso) que não existe um porquê para assistir esse programa. Até entendo que, às vezes, o programa pode se tornar interessante - com as festas, provas e barracos - às vezes, porém, o problema é o tempo que as pessoas perdem para se informar da vida dos outros (não estou chamando as pessoas de fofoqueiras -q).
Assim como nas novelas, o que a 'televisão' quer de você é que você perca o seu dia inteiro em casa, admirando cenários construídos para te envolver de uma tal forma... Eles sabem que intrigas e coisas desse tipo VENDE. Mas já pensou a forma de humilhação que deve ser estar lá? Ninguém pensa em orgulho, em felicidade, nem em nada disso. A primeira coisa que vem à cabeça das pessoas quando falamos BBB é: Dinheiro!
Ser vigiado 24 horas por dia parece tão simples para quem está do lado de fora. Agora, já pensou que a sua intimidade, seus segredos, suas falhas, TUDO de mais íntimo que você tem está nas mãos de uma emissora de TV que pode, muito bem, colocar isso na frente do mundo inteiro?
Já pensou também que você fica 3 meses sofrendo numa casa para ser julgado pelas pessoas de fora e ainda tem que criar amizades lá dentro e também inimigos para sobreviver? É como se fosse uma brincadeira com bonecos. Eu não acho que me venderia dessa forma.
Sei não, mas acho que as pessoas deveriam se preocupar mais com outras coisas em suas próprias vidas ao invés de se preocupar se uma outra pessoa está sendo adestrada direitinho.

" O Pequeno Príncipe "

" Quando a gente lhes fala de um novo amigo, as pessoas grandes jamais se interessam em saber como ele realmente é. Não perguntam nunca: 'Qual é o som da sua voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que ele coleciona borboletas?' Mas perguntam: 'Qual é a sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa? Quanto ganha seu pai?' Somente assim é que elas julgam conhecê-lo. Se dizemos às pessoas grandes: 'Vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, gerânios na janela, pombas no telhado...', elas não conseguem, de modo algum, fazer uma ideia da casa. É preciso dizer-lhes: 'Vi uma casa de seiscentos mil reais'. Então elas exclamam: 'Que beleza!'
[...]
Mas, com certeza para nós, que compreendemos o significado da vida, os números não têm tanta importância!"

Então, pergunto:
Você é uma pessoa grande?

Meu querido breu

O breu que toma conta da minha rua
Não é como um breu qualquer
Ele invade minha casa e deita comigo
Fecha meus olhos e aperta o coração.

O breu que toma conta da minha rua
Me empurrou para fora de casa
Me levou para um lugar distante
E de repente me abandonou.

O breu que tomou conta da minha rua
Se foi e me deixou perdido
Me obrigou a encarar meus medos
Me obrigou a abrir os olhos.

A luz que toma conta de mim agora
Me faz lutar comigo mesmo
Me faz esquecer todas as coisas
Que eu aprendi com o breu.

Fazendo as pazes [comigo]

Entre falhas e marés de azar, tento me equilibrar. Entre ondas e ventos, tento manter meus pés no chão. Meus olhos alcançam a inalcançávem linha do horizonte, meu intelecto me permite compreender o universo, mas minhas ações são tão banais quanto às de um ovo de tartaruga. Do que adianta eu enxergar além? Por que ver mais do que se pode fazer? E finalmente descobri: esse é o meu problema.
Pensar é quase um hobby. Mas, simular situações, seria normal? Não, não seria. Paranóia? Um pouco. Claro, não se pode prever como um determinado ser humano vai reagir a determinadas situações. E quando se tenta fazer isso, principalmente com alguém importante, o preço pode ser muito alto.
Porém, o que fazemos de melhor é errar. Porém, mesmo depois de um erro, acertar pode se tornar difícil.
Engoli meu orgulho há uns meses e tive os melhores momentos da minha vida. O que eu deveria engolir agora? Minha liberdade? Não, não se trata disso. Ah, claro, se trata dos meus desejos.
Todos nós queremos algo, não importa o que é. Mas nada nesse mundo tem mais força e valor que um sentimento verdadeiro. Seria meu bem-estar por horas mais importante que uma relação de uma vida? Não, nem se eu fosse o último ser da Terra.
Àqueles que um dia já magoei por preferir meus próprios desejos, peço perdão. Àqueles que peço perdão agora, peço que me ajudem. Como? É simples: se eu errar de novo, não me perdoe.

Promessas

São momentos em que percebemos o quão fracos somos. Fracos não, só não acreditamos em nós mesmos.
É divertido ver até que ponto temos controle sobre nossos corpos e palavras. Em momentos de desespero toda a sanidade de um ser humano vai embora, tudo em troca de um simples favor. Mas, favor de quem?
Não sabemos ao certo quem ou o que nos ajudará, mas colocamos todas nossas esperanças nesse 'alguém'. Porém, na maioria das vezes, se não todas, estabelecemos para nós mesmos algumas penas a serem cumpridas em troca do favor prestado a nós. Por quê? Às vezes achamos que somos realmente importantes. Se existe um alguém superior que te ajudará, ele não vai ligar se você vai ou não acabar com o seu corpo ou se martirizar.
Eu digo isso porque algumas vezes já recorri a promessas. Meus deslizes. Mas, depois de um certo tempo, comecei a ver que eu, quando me martirizava por promessas, não oferecia essa dor a ninguém e sim a mim mesmo. Era eu mesmo que deveria sentir aquela dor e saber que eu não deveria cometer o mesmo erro de novo. Era como mostrar a mim mesmo, com aquele castigo, que o meu desespero era inútil e passar a mim mesmo uma lição, como domar um animal raivoso. Às vezes funciona, quando a dor é grande o suficiente para deixar marcas - não necessariamente físicas.
Errar, apanhar, aprender e não errar de novo. É assim que as coisas devem funcionar. Promessas não te salvam e milagres não são comprados com a sua dor. Sua força de espírito deve ser maior que a sua fraqueza mental. Seu corpo não é nada. Sua alma é sua vida, e ela é quem tem que ser forte.