Promessas

São momentos em que percebemos o quão fracos somos. Fracos não, só não acreditamos em nós mesmos.
É divertido ver até que ponto temos controle sobre nossos corpos e palavras. Em momentos de desespero toda a sanidade de um ser humano vai embora, tudo em troca de um simples favor. Mas, favor de quem?
Não sabemos ao certo quem ou o que nos ajudará, mas colocamos todas nossas esperanças nesse 'alguém'. Porém, na maioria das vezes, se não todas, estabelecemos para nós mesmos algumas penas a serem cumpridas em troca do favor prestado a nós. Por quê? Às vezes achamos que somos realmente importantes. Se existe um alguém superior que te ajudará, ele não vai ligar se você vai ou não acabar com o seu corpo ou se martirizar.
Eu digo isso porque algumas vezes já recorri a promessas. Meus deslizes. Mas, depois de um certo tempo, comecei a ver que eu, quando me martirizava por promessas, não oferecia essa dor a ninguém e sim a mim mesmo. Era eu mesmo que deveria sentir aquela dor e saber que eu não deveria cometer o mesmo erro de novo. Era como mostrar a mim mesmo, com aquele castigo, que o meu desespero era inútil e passar a mim mesmo uma lição, como domar um animal raivoso. Às vezes funciona, quando a dor é grande o suficiente para deixar marcas - não necessariamente físicas.
Errar, apanhar, aprender e não errar de novo. É assim que as coisas devem funcionar. Promessas não te salvam e milagres não são comprados com a sua dor. Sua força de espírito deve ser maior que a sua fraqueza mental. Seu corpo não é nada. Sua alma é sua vida, e ela é quem tem que ser forte.

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