De uns tempos para cá, estranhamente, comecei a ler alguns livros e comecei a pensar mais a respeito disso. Toda vez que conhecemos alguém e passamos a conviver com essa pessoa várias horas por dia durante todos os dias, em menos de um mês já a estamos chamando de amigo(a). Alguns realmente não fazem isso, porém, são poucos. No começo, ao se "firmar" uma amizade, é tudo maravilhoso. As conversas são mais descontraídas, os assuntos mais interessantes, e por aí vai. O grande problema é a decepção que vem com um tempo.
Depois de ler esses livros vi alguns exemplos de amizade. Um deles era firmado pela confiança que um tinha no outro. Outro, o mais chocante, foi uma relação de submissão. Por que alguém aguentaria passar por tanta coisa apenas para manter um laço de amizade com outra pessoa? Por que será que nos importamos tanto em ter uma amizade sincera? Em um desses livros, vi uma definição de amizade que me até me assustou um pouco, porém, tem o seu fundo de verdade. Não exatamente com essas palavras, o livro dizia o seguinte: "A amizade é uma rota que usamos para fugirmos de nós mesmos". Às vezes realmente parece que do que realmente temos medo é de nós mesmos, que, na falta de algum "joguete" para liberarmos os sentimentos em excesso, podemos até ficar loucos. Embora, talvez, inconscientemente, busquemos uma amizade com a finalidade de simplesmente ter uma companhia com quem dividir o peso dos acontecimentos cotidianos, às vezes nos surpreendemos com nossas escolhas e, muitas vezes, descobrimos uma pessoa que com certeza é bem mais do que uma simples distração. Aí sim, quando notamos a real importância de uma pessoa em nossa vida, é que podemos chamar alguém de Amigo.
O grande problema é, e sempre foi, que as pessoas rotulam demais as coisas. Com essa coisa de os mais velhos explicarem coisas da vida para os menos experientes, os mais jovens acabam achando que já sabem o que estão fazendo e a consequência de seus atos e escolhas, o que não é verdade. Por isso, uma grande parte de tudo que podemos aprender em uma vida deveria ser empírico. Não tem sentido passar de geração em geração aquilo que demoramos uma vida inteira para entender, até mesmo porque, por fim, os mais jovens aprenderiam cada vez menos, se tornando cada vez mais inúteis, até serem reduzidos a um corpo de massa "m" abandonado no vácuo, sem utilidade.
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